Nesta segunda-feira (15), acontece em Presidente Figueiredo uma operação intitulada ‘Cachoeira Limpa’, cujo objetivo é o de levantar provas que comprovem os crimes de fraude à licitação, peculato e lavagem de dinheiro, que causaram danos aos cofres públicos do município, durante a gestão do prefeito Romeiro José Costeira Mendonça (2017 a 2020), que se encerrou em dezembro do ano passado, causando um prejuízo estimado em R$ 23 milhões. A ordem judicial é para busca, apreensão e buscas pessoais, deferidas pelo Ministério Público Estadual (MP-AM), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da Polícia Civil do Estado.

Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 12 de buscas pessoais, nas cidades de Presidente Figueiredo, Parintins e Manaus, contando com um contingente de aproximadamente 80 policiais.

A ação de combate a corrupção em Presidente Figueiredo, quer levantar provas que comprovem os crimes de fraude à licitação, peculato e lavagem de dinheiro, que causaram danos aos cofres públicos do município.

Alvos

Figuram entre os alvos da operação ‘Cachoeira limpa’, o deputado estadual, Saullo Velame Viana; o ex-prefeito, Romeiro, o ex-vice-prefeito municipal, Mário Jorge Bulbol Abrahão; o então secretário municipal de Finanças de Presidente Figueiredo, Jander de Melo Lobato; o então Presidente da Comissão Permanente de Licitação, Jender de Melo Lobato, entre outros servidores públicos.

Também são alvos vários empresários que, mediante ajuste prévio, combinaram frustrar ou fraudar, o caráter competitivo de vários procedimentos licitatório, com o intuito de enriquecer ilicitamente, em prejuízo ao erário municipal e dos princípios norteados na Lei de Licitação (Lei 8.666/93).

O Ministério Público também requereu o afastamento do cargo do deputado, mas a Justiça negou os pedidos.

Os relatórios financeiros obtidos a partir da medida cautelar de quebra do sigilo bancário do parlamentar. A organização criminosa teve início na cidade de Parintins, no ano de 2010, e já foi capaz de eleger um deputado estadual e um vereador na cidade de Manaus.

As investigações do GAECO estão na fase final e logo serão remetidas ao Poder Judiciário.

Respostas

O deputado se pronunciou sobre o assunto. Ele disse que acredita na Justiça do Estado, e está à disposição para colaborar, pois, se diz ser o maior interessado em que tudo seja esclarecido.

“Até agora nada foi comprovado. Uma das principais atribuições de um deputado estadual é fiscalizar a aplicação do dinheiro público. Fui eleito em 2018, e meu mandato tem sido vigilante quanto a esta função. Além de ter me caracterizado por atuar em defesa dos cidadãos do interior do Amazonas, em especial os mais carentes. Já acionei minha equipe jurídica para que tome conhecimento sobre o que está sendo investigado e possamos dar nossa total colaboração para que tudo seja esclarecido. Não abro mão de trabalhar com transparência de todos os meus atos como parlamentar. Nesse momento crítico de pandemia, sigo meu trabalho como deputado estadual ajudando as pessoas do interior e da capital”, destacou.

Com informações da assessoria