O caso do engenheiro Flávio Rodrigues assassinado em setembro de 2019, ganhou um novo desdobramento na justiça, isso porque, o procurador de Justiça Carlos Lélio Ferreira afirmou que existe a possibilidade de Alejandro e Paola Valeiko, filhos da ex-primeira-dama de Manaus Elisabeth Valeiko, irem ao Tribunal do Júri. A afirmação foi feita nesta terça-feira, 29.
Os irmãos são acusados de participarem do assassinato juntamente com Elizeu da Paz, Mayc Vinícius Parede e José Edvandro Júnior. O engenheiro foi encontrado com golpes de faca no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus. No dia do crime Flávio Rodrigues estava em uma festa na casa de Alejandro.
De acordo com o processo do caso da morte do engenheiro, a Justiça do Amazonas absolveu Paola Valeiko Molina, José Edvandro Martins e impronunciou Alejandro Molina Valeiko. Os demais envolvidos, Elizeu da Paz de Souza e Mayc Vinicius Teixeira Parede, serão levados a júri popular.
De acordo com o procurador, no dia do crime, Elizeu e Mayc invadiram a casa de Alejandro, “que culminou na morte de Flávio Rodrigues e na tentativa de homicídio de Elielton [Magno]”.
Ainda de acordo com o procurador, Alejandro “reconheceu Elizeu, seu segurança particular, como um dos homens que se encontrava dentro da residência, mas não revelou essa identidade a ninguém e nem determinou que os invasores cessassem de imediato a conduta truculenta que resolveram adotar contra as pessoas que lá se encontravam” afirmou.
“Ora, tendo conhecimento de que seu segurança particular era um dos invasores de sua residência, Alejandro tinha total possibilidade, e dever, de impor sua vontade a fim de evitar que a situação tivesse saísse do controle, preferindo manter-se silente, indiferente e omisso em relação à violência praticada em sua residência, passando, assim, a compactuar com todos os atos criminosos praticados por Elizeu e Mayc”, disse.
Segundo o procurador “a conduta omissiva de Alejandro criou o risco do resultado das condutas criminosas de Elizeu e Mayc”. Levando em conta as informações citadas pelo procurador, Alejandro deve responder pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
Para o procurador, Paola tem envolvimento no crime, isso porque, segundo ele, a acusada “limpou as manchas de sangue” no chão da casa de Alejandro, para tentar atrapalhar as investigações sobre o caso.
