Nesta segunda-feira (10), a Rússia fez uma série de ataques aéreos contra várias cidades da Ucrania, incluindo a capital, Kiev. Até o momento, foram registradas 64 pessoas feridas e 11 mortes, de acordo com autoridades ucranianas. A guerra entre os dois países já dura 7 meses e meio.

De acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia, a Rússia disparou ao menos 83 mísseis contra Kiev, Lviv e Zaporizhzhia. Kiev diz ter interceptado e abatido 40 deles. O ataque, que foi um dos mais intensos desde o início do conflito, acontece dois dias depois de uma explosão derrubar um trecho da única ponte que liga a Península da Crimeia ao território russo.

Sobre isso, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia pela autoria da explosão, que classificou como “ataque terrorista”. Ele também afirmou que os mísseis lançados nesta segunda-feira (10) foram uma retaliação pela destruição da ponte. As acusações foram negadas pelo líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Imagens gravadas em Kiev – que não era alvo de ataques desde junho – mostram locais que foram atingidos pelos mísseis, veículos destruídos e pegando fogo, civis mortos e muita fumaça. Após os bombardeios, civis buscaram abrigos em estações de metrô e líderes da União Europeia prometeram apoiar a Ucrânia em uma retaliação à Moscou, capital da Rússia.

Novos ataques

No domingo (9) também foi registrado um ataque com mísseis russos na cidade de Zaporizhzhia. Prédios e casas particulares foram atingidos, 17 pessoas morreram e 60 ficaram feridas, de acordo com as autoridades ucranianas. Desde o início deste último fim de semana, sirenes alertavam para ataques aéreos em todo o país.

O receio global de que o presidente russo use um ataque nuclear contra a Ucrânia e outros países está aumentando a cada dia. Nesta segunda-feira (10), o  Kremlin informou que Vladimir Putin se reunirá com o chefe da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), Rafael Grossi, na terça-feira (11) na Rússia.

 

Foto: Vladyslav Musiienko/Reuters