O Congresso Nacional terá, pela primeira vez na história, duas deputadas trans eleitas. As federais que se elegeram neste domingo (02), são Erika Hilton (PSOL-SP), com 256 mil votos, e Duda Salabert (PDT-MG), com pouco mais de 208 mil. As candidaturas acontecem em meio a um cenário violento contra as pessoas trans, o qual exigiu que a então candidata pelo PDT fosse às urnas com um colete à prova de balas.

Salabert foi a terceira deputada federal mais votada de Minas Gerais. Já Hilton ocupou a nona posição na lista de São Paulo, a frente de nomes como Marina Silva, ex-candidata a presidente e ministra do Meio Ambiente entre 2003 a 2008 no governo Lula.

Em publicações nas redes sociais, elas comemoraram. “Travesti preta eleita! É federal! Pela primeira vez na história!”, comemorou Erika, que em 2018 foi a primeira travesti da Câmara dos Vereadores de São Paulo.

“Sou a primeira trans eleita do Congresso Nacional! Sou a deputada federal mais votada da história de MG! Mesmo com ataques de setores da esquerda, ataques dos ciristas, ameaças de morte da ultra direita, vencemos! Muito obrigada!”, disse Duda. A parlamentar foi a vereadora mais bem votada da história de Belo Horizonte em 2020, com 37 mil votos.

A representatividade trans também avançou nas assembleias legislativas no Rio de Janeiro, com Dani Balbi (PCdoB), que teve 65 mil votos, e no Sergipe, com Linda Brasil (PSOL), 28 mil votos. No estado de São Paulo, quem irá representar é Carolina Iara, codeputada pela bancada feminista do PSOL, que acumulou 259 mil votos.

Nas redes, internautas também festejam a diversidade. “Feliz pela Duda Salabert ter sido eleita, é muito importante representatividade trans nesses lugares”, diz uma.

“Minha candidata a Deputada federal foi eleitaaaa”, diz outra, em referência a Erika Hilton. E acrescenta: “Vai ter mulher, trans e negra no congresso siiiim!”.