Uma explosão que destruiu uma mesquita em Cabul, no Afeganistão, enquanto as orações estavam sendo realizadas na noite de ontem (17), matou 21 pessoas. Além disso, outras 33 ficaram feridas, segundo o porta voz da polícia local, Khalid Zadran.

Testemunhas disseram à Reuters que a forte explosão foi ouvida em um bairro do norte de Cabul, quebrando janelas em prédios próximos. Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pela explosão e as autoridades não atribuíram a culpa publicamente.

De acordo com relatos de testemunhas, a força da explosão de quarta-feira (17) foi tanta que os vidros de prédios vizinhos à mesquita foram estilhaçados. Após o ocorrido, as famílias das vítimas foram até o local para conseguir informações e procurar os seus entes queridos.

Um hospital de emergência local disse em comunicado que admitiu 27 pessoas, incluindo cinco crianças, que foram vítimas das explosões. Duas pessoas chegaram mortas e um paciente morreu na sala de emergência, disse o diretor da Emergency – ONG especializada no tratamento de vítimas de guerra – no Afeganistão, Stefano Sozza.

“O país está sofrendo as consequências de um conflito muito longo que prejudicou seu futuro”, disse o diretor. Somado a isso, a ONG também relatou que a maioria dos pacientes que o hospital recebeu após o atentado sofreu ferimentos por estilhaços e queimaduras.

O Talibã diz que está restaurando a segurança no país devastado pela guerra, com uma queda na violência desde que o grupo assumiu e derrotou um governo apoiado pelos Estados Unidos da América (EUA) há um ano. Apesar da declaração, vários grandes ataques, alguns reivindicados pelo Estado Islâmico, ocorreram em centros urbanos nos últimos meses.

Sobre o poder do grupo Talibã sobre o Afeganistão, a jovem ativista paquistanesa, Malala Yousafzai, 25,  ressaltou em suas redes sociais que “faz um ano que homens e mulheres afegãos têm que abandonar seus sonhos. Nós devemos continuar a elevar suas vozes para que os líderes muçulmanos e mundiais não possam mais desviar o olhar”.