MUNDO – Após quase quatro anos, o ator James Franco (“Artista do desastre”) assumiu ter tido relações sexuais com alunas de sua extinta escola de atuação em Nova York, nos Estados Unidos.

Em entrevista ao podcast “The Jess Cagle”, divulgada nesta quarta-feira (23), o ator disse que “dormia com as alunas, e isso era errado”. Ele negou, contudo, que tenha aberto a escola para atrair mulheres para fins sexuais.

“Na época, meu pensamento era: Se é consensual, ok. Eu não estava lúcido”, disse ele, no podcast.

Os comentários foram os primeiros de Franco sobre as acusações levantadas contra ele há quase quatro anos, quando o Los Angeles Times informou que cinco mulheres acusaram Franco de assédio.

O ator disse que desenvolveu o vício em sexo após ter parado de beber, costume que desenvolveu quando era jovem.

“É uma droga tão poderosa”, disse ele. “Fiquei viciado por mais 20 anos. A parte insidiosa disso é que fiquei sóbrio por causa do álcool todo esse tempo”.

Franco co-apresentou a cerimônia do Oscar em 2011 e foi indicado ao prêmio de 2012 por sua atuação em “127 Horas”.

Na entrevista ao podcast, Franco também disse que está se recuperando do vício em sexo desde 2016 e tem “trabalhado muito” após as acusações contra ele “e mudando quem eu era”.

“Eu não queria machucar as pessoas”, garantiu ele.

Uma ação coletiva foi movida na Justiça de Los Angeles em 2019, justificando que o artista assediava as vítimas e aproveitava de sua posição para oferecer papéis em seus filmes. No processo, as alunas afirmaram ser vítimas de uma fraude. Em julho deste ano, ator fechou acordo judicial de US$ 2,2 milhões (R$ 12,44 na cotação atual) com as vítimas.

Franco é reconhecido por filmes como “Homem-Aranha”, “Oz: Mágico e Poderoso” e “127 Horas”. No Globo de Ouro de 2018, o ator usou um acessório em apoio ao Time’s Up, movimento em apoio a vítimas de assédio sexual e gerou revolta das vítimas.