RIO DE JANEIRO – Presos desde 8 de abril, o ex-vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e a professora Monique Medeiros ficam lado a lado na segunda audiência de julgamento sobre a morte do menino Henry Borel no 2º Tribunal do Júri, nessa segunda-feira (14), no Tribunal de Justiça. Os dois são acusados da morte do menino Henry Borel, de 4 anos.

Sete testemunhas de defesa de Jairinho serão ouvidas e uma de acusação, a cabeleireira Tereza Cristina dos Santos. Ela presenciou conversa de vídeo chamada entre Monique e o garoto. Henry, chorando, teria dito: “mãe, eu te atrapalho? O tio disse que te atrapalho”. Monique, segundo o relato, teria respondido que não.

Jairinho escolheu parentes, um policial civil, que levou o pai do menino Leniel Borel, no dia da morte do menino à 16ª DP (Barra da Tijuca) para registrar o caso e foi até o Instituto Médico Legal (IML), onde o corpo foi liberado.

No início desta manhã, um grupo se manifestou em defesa de vítimas da violência no tribunal. Alguns usaram camisas pedindo justiça para morte de Henry e outras usaram fotos de outras crianças desaparecidas.

Leniel acompanhou parte do ato, mas não assistiu à audiência para não correr o risco de ter seu depoimento como testemunha, no último dia 6 de outubro, desconsiderado no processo.

“Sabemos que os monstros que assassinaram brutalmente Henry não falarão a verdade. Meu filho chegou morto no hospital. Tudo ocorreu no interior daquele apartamento. Não importa o que aqueles dois monstros fizeram para mascarar, ocultar ou adulterar o cenário, eles precisam ser punidos proporcionalmente à barbárie”, afirmou Leniel.