Neste domingo (28) João Doria, governador de São Paulo, em sua primeira entrevista após ganhar as prévias do PSDB para concorrer à Presidência em 2022, disse julgar “possível” uma aliança com Sergio Moro, ex-ministro da Justiça cotado como nome do Podemos para o Planalto.

“É possível. Eu tenho boas relações com Sergio Moro e tenho respeito por ele, não haveria nenhuma razão para não manter relações com alguém que ajudou o Brasil, com alguém que contribuiu com a Lava Jato, assim como Simone Tebet, uma brilhante senadora, e o senador Rodrigo Pacheco, com boa postura e equilíbrio”, disse o governador.

Doria disse também que começou a traçar planos conjuntos para as eleições do ano que vem. E que para isso, entrou em contato com possíveis alianças, que, segundo ele, devem ser continuadas nas próximas semanas.

“Temos que estar juntos para termos projetos para os brasileiros. Não vejo condições de um projeto do PSDB, mas um projeto de Brasil. Temos que ter humildade, capacidade, bom diálogo e propostas claras e objetivas”, afirmou.

Doria disse que o PSDB saiu “fortalecido, não dividido” e expressou desejo de que Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul que concorreu com ele nas prévias do partido, integre a equipe de campanha da sigla nas eleições.

Pesquisas recentes indicaram Doria em 5º lugar nas intenções de voto. O governador fica atrás de Lula, Bolsonaro, Sergio Moro e Ciro Gomes (PDT), mas Doria negou que as pesquisas eleitorais sejam o principal balizador da escolha do candidato da chamada “terceira via”

“A pesquisa não é único elemento necessário. Ela é parte integrante, mas tem que ter uma composição de forças para que este candidato ou candidata possa representar uma capacidade de enfrentamento a Lula e Bolsonaro”, afirmou.
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