BRASIL – Após cinco altas seguidas, o volume de serviços prestados no país teve queda de 0,6% em setembro, frente a agosto, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, a alta tinha sido de 0,4% (dado revisão após divulgação inicial de 0,5%).

Mesmo com desempenho de setembro, os serviços estão, em média, 3,7% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Algumas atividades, no entanto, ainda não recuperaram o patamar do pré-pandemia.

Na comparação com setembro de 2020, o indicador teve alta de 11,4%. No resultado acumulado em 12 meses até setembro, houve alta de 6,8%, o maior da série histórica, iniciada em 2012. Em 2021, o indicador acumula variação de 11,4% frente a igual período de 2020.

O resultado na série com ajuste sazonal ficou abaixo da mediana das estimativas de 24 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de expansão de 0,5%. O intervalo das projeções ia de queda de 0,4% a alta de 0,8%. Já a expectativa mediana para o resultado de setembro de 2021 frente a junho de 2020 era de 13,4%, com intervalo entre 12,0% e 15,1%.

Das cinco atividades acompanhas pela pesquisa, quatro tiveram queda na passagem entre agosto e setembro. O destaque negativo foi transportes (-1,9%) , o pior resultado desde abril de 2020 (-19,0%).

Os demais recuos vieram de outros serviços (-4,7%), de informação e comunicação (-0,9%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%). O único resultado positivo ficou com os serviços prestados às famílias (1,3%), sexto avanço seguido, período em que acumularam 52,5% de crescimento.

O IBGE informou ainda que a receita nominal subiu 0,6% na passagem entre agosto e setembro. Na comparação com setembro de 2020, a receita de serviços teve alta de 16,6%.

Em setembro, frente a agosto, 20 das 27 unidades da federação investigadas registraram taxas negativas, com destaque para São Paulo (-1,6%), seguido por Minas Gerais (-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Pernambuco (-2,2%) e Goiás (-2,2%).

Em contrapartida, Rio de Janeiro (2,0%), seguido por Distrito Federal (2,9%) e Mato Grosso do Sul (3,6%) registraram as principais expansões em termos regionais.