Na quinta-feira (19) Ana Cláudia Flor, representante comercial, foi presa por ser a principal suspeita de mandar matar o próprio marido após articular por meio de videochamadas feitas no aplicativo WhatsApp. O valor oferecido pela morte do cônjuge era R$ 60 mil. O crime aconteceu em 11 de agosto do ano passado em Cuiabá.

Toni da Silva Flor, de 38 anos, era empresário e teria descoberto que estava sendo traído e a mulher iria ficar com os bens dele.

Toni da Silva Flor foi abordado ainda no estacionamento de uma academia, no bairro Santa Teresa, por um homem, que o chamou pelo nome. O empresário não chegou a responder e já foi atingido por cinco tiros de arma de fogo, segundo a polícia. Mesmo ferido, ele conseguiu correr para dentro da academia, chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal de Cuiabá, foi submetido a uma cirurgia, mas morreu dois dias depois.

A polícia também cumpriu três mandados de prisão temporária, incluindo a prisão de Ana Cláudia, e cinco mandados de busca e apreensão expedidas pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Foram apreendidos aparelhos de telefone celular, agendas e outros objetos que subsidiarão a continuidade das investigações sobre o crime.

“O crime foi acertado por uma videochamada entre dois intermediários e a mandante, onde ficou acertado o valor de R$ 60 mil pela morte do empresário. Parte do valor, R$ 20 mil, foi pago após o crime a um dos intermediários, sendo entregue em um envelope, nas proximidades do bairro Alvorada e posteriormente passados ao executor, que viajou com o dinheiro para o Rio de Janeiro”.

O responsável pelo caso afirmou que Ana Cláudia ia regularmente à delegacia para saber como estavam as investigações e sempre perguntava se já havia sido descoberto o mandante do crime.

A outra suspeita é que ela teria intenção de herdar os bens do empresário, “uma vez que a vítima possuía uma representação comercial muito forte, abastecendo vários supermercados da cidade, ser financeiramente estável e possuir casa, carro, moto, dinheiro na poupança, etc”, ressaltou a polícia.