Pesquisador do Centro Universitário Iesb e doutor em administração e pós-doutor pela Universidade de Brasília (UnB) em ciência do comportamento, Breno Adaid, faz uma estimativa que, até 16 de agosto — considerado o pior cenário —, a capital federal pode ter 24,3 mil novos casos e mais 729 vítimas da covid-19.

Breno calcula outros cenários para as próximas semanas: “O esperado é de 14 mil casos (com a disseminação da Delta), mas podemos chegar a 24 mil até a metade do mês”. Ele acrescenta que os hábitos da população também têm efeitos para o avanço da pandemia. “Se não houvesse essa variante, a expectativa era de que continuássemos (com números) em torno do que temos hoje — cerca de 500 ou 600 casos por dia.

O Executivo local acredita que o DF tem capacidade para lidar com a Delta, a nova variante Delta da covid-19 — identificada primeiro na Índia —, e a Secretaria de Saúde tem condições de atender a população.

Professora de imunologia na Universidade de Brasília (UnB), Anamélia Bocca afirmou que, caso a Delta demonstre ter impacto para o aumento de casos, será necessário definir restrições. “Temos de observar como ela (a variante) vai se comportar aqui no DF. Até lá, é importante que as pessoas se vacinem com as duas doses, continuem a usar máscaras, mantenham o distanciamento social e evitem lugares fechados, principalmente agora, no frio”, recomendou.

Devido à variante, a decisão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, recomendou a retomada do uso de máscaras em partes do país norte-americano.

Até o momento, duas pessoas morreram no Distrito Federal por causa da nova cepa.