O deputado federal bolsonarista Luis Miranda (DEM-DF) passou praticamente toda esta quinta-feira (24), véspera do depoimento que dará para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, com uma equipe escalada de oito advogados e especialistas como forma de se preparar para a oitiva.

Por isso, a agenda do parlamentar ficou exclusiva para o encontro com os auxiliares.

O congressista e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda – concursado do Ministério da Saúde –, foram convidados como testemunhas para detalhar a denúncia levada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda no dia 20 de março, sobre possíveis irregularidades na compra da Covaxin.

Os senadores apuram se houve prevaricação do titular do Palácio do Planalto ao não despachar os documentos para a Polícia Federal (PF).

Os irmãos Miranda relataram publicamente uma possível pressão da alta cúpula da pasta para a aquisição dos imunizantes indianos.

O congressista revelou as mensagens encaminhadas de autoridades do Ministério da Saúde cobrando de Luis Ricardo a liberação acelerada para a compra dessas vacinas.

Além disso, também comprovou ter visitado Bolsonaro para alertar sobre o “esquema”, segundo ele, para facilitar a compra bilionária do produto da Índia.