O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, marcou para o dia 30 deste mês o depoimento presencial do empresário Carlos Wizard, tido como um dos suspostos membros do chamado “gabinete paralelo” de Jair Bolsonaro. O empresário tentou de todas as formas impedir sua ida para Brasília, mas nesta segunda-feira, dia 21, a defesa dele pediu uma audiência com o senador amazonense para remarcar a data do esperado depoimento.

Carlos Wizard seria inicialmente ouvido na quinta-feira, 17, mas não compareceu, e teve o passaporte retido por isso. A condução coercitiva foi autorizada pelo STF, que também lhe deu o direito de ficar em silêncio durante o depoimento a CPI da Covid.

De acordo com o senador Omar Aziz, o empresário cometeu uma série erros e até desrespeitos tanto ao STF quando a CPI da Covid.

“O que me espanta é conseguir um habeas corpus para ficar em silêncio e não aparecer. Por que foi ao Supremo, se não vinha? O ministro Barroso, com certeza, tem muitos afazeres dentro de seu trabalho como ministro do STF. Ele concede um habeas corpus ao Wizard, uma medida legal, e nós respeitamos as medidas do STF, mas o senhor Carlos Wizard tem que entender que a Justiça brasileira tem outras coisas para fazer. Ele não pode levar o STF na brincadeira. O senhor Carlos Wizard está achando que conseguir habeas corpus é como ir na quitanda comprar bombom. É uma falta de respeito com o Supremo Tribunal Federal”, disse Omar Aziz.

O tal “gabinete paralelo” assessorava o presidente Jair Bolsonaro para a definição de políticas públicas de enfrentamento à crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus.