Foi aprovado nesta quarta-feira, dia 16, pela CPI da Covid, a quebra dos sigilos telefônico e bancário do empresário Carlos Wizard. A medida foi votada de forma simbólica pelos membros da comissão, ao lado de uma série de outros pedidos de informação e de quebra de sigilos.

Wizard é apontado como integrante de um suposto “gabinete paralelo” que teria assessorado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia. Ele chegou a  ser convocado para depor na CPI na quinta-feira, dia 17, mas pediu que participasse de forma virtual, o que foi negado pelo presidente da comissão, Omar Aziz.

O senador pretende acionar a Justiça para garantir a realização da oitiva, com possibilidade de uma condução coercitiva. O empresário entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para poder realizar seu depoimento de maneira remota, ter o direito de ficar calado e não se autoincriminar e ter acesso antecipado aos documentos da CPI. Ele está nos Estados Unidos para acompanhar o tratamento médico de um familiar. O relator do pedido de habeas corpus será o ministro Luís Roberto Barroso.

Além de Wizard, a CPI também quebrou o sigilo bancário e telefônico de Renata Farias Spallicci e Renato Spallicci, ambos da Apsen Farmacêutica, principal fabricante de hidroxicloroquina do Brasil.

Outro alvo dos senadores foram Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos – que representa no Brasil o laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante vacina Covaxin –, e José Alves Filho, do laboratório Vitamedic, produtor de Ivermectina.