A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) concluiu, nesta terça-feira (20), o leilão para concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda à iniciativa privada. O contrato terá prazo prazo de 30 anos, conseguindo a quantia total de R$ 980 milhões no processo. O valor da outorga inicial era de 323,9 milhões pela concessão.

A Consórcio Viamobilidade, formado pelas empresas CCR e Ruas Invest Participações foi o vencedor do leilão, com ágio de mais de 202% da outorga prevista. Foi a primeira vez que o governo do estado de São Paulo ofereceu à iniciativa privada linhas da CPTM. Até então, apenas novas linhas do metrô foram concedidas a empresas.

O consórcio será a responsável pela operação, construção de novas estações, modernização das instalações existentes, conservação e aquisição de novos trens. O Via Mobilidade já opera a linha 5-Lilás de Metrô.

Promessa de Campanha

O evento foi promovido pelo governo de São Paulo nesta terça-feira (20), às 16h, na sede da Bolsa de Valores, no centro da capital paulista. A concessão era uma promessa de campanha do governador João Doria (PSDB). Além dele, participaram do evento o vice, Rodrigo Garcia, e o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.
Outros interessados

Além da vencedora, participaram da disputa o consórcio Mobitrens, com proposta de R$ 787 milhões, o Integração (R$ 519 milhões) e o Itapemerim e Encalso Mobility Rail (R$ 400 milhões).

Linhas

A 8-Esmeralda vai da Estação Júlio Prestes, no centro da capital até o extremo Oeste, na Amador Bueno, passando por Jandira, Osasco, Barueri, Carapicuíba e Itapevi. São 22 estações, com interligações na Barra Funda com as linhas 7-Rubi e 3-Vermelha (do Metrô).

A 9-Esmeralda vai de Osasco, zona Oeste, até o extremo Sul da cidade, no Grajaú. São 18 estações, que passam pelo centro financeiro de São Paulo (Faria Lima, Cidade Jardim, Vila Olímpia, Berrini, Morumbi até o Autódromo de Interlagos).

TCE havia suspendido concessão

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) havia suspendido a licitação para conceder as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM à iniciativa privada. Segundo o órgão, faltava clareza no edital.

A conselheira-substituta do TCE-SP, Silvia Monteiro, identificou “possíveis obstáculos à mensuração de custos e fluxo de caixa estimado” por “falta de clareza em detalhes sensíveis do projeto”.

No entanto, o órgão paulista voltou atrás e, após sessão plenária no dia 17 daquele mês, julgou improcedente a suspensão, autorizando, portanto, a concessão das linhas da CPTM.

 

Com informações do Poder360
Foto: Alexandre Carvalho/A2img