O ex-presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) Wilker Barreto (PHS) derrubou o documento que propunha a criação da CPI da Água que tinha como objetivo investigar irregularidades no abastecimento realizado pela empresa Manaus Ambiental, em 2017. Barreto tentou “calar” vereadora que iniciava o discurso em defesa da abertura da comissão.

A CPI da Água foi proposta durante a sessão na Câmara Municipal, em 29 de maio de 2017, pelo vereador Sassá da Construção Civil (PT), fundamentada em denúncias apresentadas por consumidores. Entre as principais justificativas estavam investigar a interrupção de abastecimento de água, as tarifas abusivas e cobranças indevidas a população de Manaus.

À época, Wilker Barreto foi o parlamentar que mais se posicionou contra a Comissão de Inquérito Parlamentar, um dos eventos em que mostrou publicamente que Barreto era contra a vontade do povo, aconteceu na sessão em que o parlamentar passou por cima do regime interno da CMM e decidiu por conta própria encerrar a plenária da casa, no momento em que a vereadora Joana Dar’c se posicionava na tribuna em defesa da CPI.

Barreto recebeu críticas dos parlamentares que suspeitaram que Barreto poderia estar atrelado à questões pessoais e políticas que o colocavam em oposição à causa. Os vereadores Chico Preto (PMN) e Cláudio Proença (PR) se solidarizaram com Joana e com a causa e, caracterizaram a atitude de Barreto, como, no mínimo deselegante.

O pedido para a criação da CPI da água obteve 12 assinaturas, para que a comissão fosse instaurada, seria necessário pelo menos 14 assinaturas.

Assinaram o pedido os vereadores Jaildo dos Rodoviários (PCdoB), Dr. Ewerton Wanderley (PPL), Chico Preto (PMN), Willian Abreu (PMN), Joana D’arc (PR), Marcelo Serafim (PSB), Carlos Portta (PSB), Plínio Valério (PV) e Professor Fransuá (PV).

O documento que propunha a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da água estava fundamentada nas interrupções abruptas no abastecimento de água, suspensão do abastecimento a comunidades por vários dias, cobrança de fatura mensal fora da realidade de famílias carentes, emissão e cobrança de tarifa a consumidores que possuem abastecimento independente (poço artesiano), ausência de relatório de cumprimento de metas por parte da concessionária, entre outras.