Eleições – Na última quinta-feira (20), o braço-direito e um dos nomes mais cotados para ser vice na chapa de Amazonino Mendes (Podemos) rumo à prefeitura de Manaus no pelito deste ano, o empresário Orsine Oliveira Junior anunciou oficialmente que desiste de concorrer na mesma chapa que o ex-governado do Amazonas.

Após inúmeras denúncias, o presidente regional do PMN, Orsine Júnior informou que não será mais vice de Amazonino nas eleições deste ano. Orsine já foi secretário do governo suplementar e braço-direito de Amazonino Mendes.

Outros possíveis nomes para vice de Amazonino são envolvidos com corrupção

Após a desistência de Orsine Júnior, o posto de companheiro de chapa do “Negão” deve ser disputado entre o presidente regional de seu partido, o deputado estadual Wilker Barreto, e o médico Francisco Deodato, fiel escudeiro.

Barreto e Deodato foram os dois que acompanharam o ex-governador na reunião com a presidente nacional do Podemos, a deputada federal Renata Abreu, em São Paulo.

Francisco Deotado é convocado para depor na CPI da Saúde

Durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Saúde na última terça-feira, 4/8, o deputado estadual Delegado Péricles (PSL) solicitou a convocação do ex-secretário da Secretaria Estadual da Saúde do Amazonas (Susam) Francisco Deodato para prestar esclarecimentos de gastos da pasta em sua gestão. Deodato ficou na chefia da Susam durante gestão do então governador Amazonino Mendes.

O presidente da CPI da Saúde resolveu propor a convocação de Deodato durante reunião que ouvia a ex-secretária executiva do Fundo Estadual de Saúde, Maria de Belém Martins Cavalcante. Isso porque Francisco Deodato era o secretário na época quando o setor financeiro da Susam chamou a ex-secretária executiva para assinar processos indenizatórios antigos que já haviam sido pagos para arquivamento, mas não tinham assinatura de Maria Cavalcante. Porém, ela não era mais secretária executiva e não tinha poderes para esse tipo de ato.

Francisco Deodato é considerado pessoa de confiança do Amazonino Mendes e assumiu em outubro de 2017 a Susam durante mandato tampão. Chegou a deixar o cargo para atuar na campanha de Amazonino Mendes nas eleições de 2018, quando Mendes tentava se reeleger.

Wilker Barreto supostamente estaria envolvido com o Cartel dos Combustíveis no Amazonas

Para quem não sabe, ou tem dúvidas sobre o assunto, a prática de cartel é tida como a conduta anticompetitiva mais imoral e prejudicial ao mercado, tendo como consequências o aumento abuso dos preços dos combustíveis, como de gasolina, por exemplo, e o afastamento de competidores do mercado, além do enriquecimento ilícito de empresas cartelizadas, tudo isso “lesando e extorquindo”, por debaixo dos panos, o consumidor.

Na época, as assinaturas do pedido de CPI na Aleam foram feitas pelos deputados Felipe Souza (Podemos), João Luiz (PRB), Serafim Corrêa (PSB), Dermilson Chagas (PP), Roberto Cidade (PV), deputada Joana Darc (PR), Alessandra Campelo (MDB), Dra. Mayara Pinheiro (PP), além do autor da proposta, o deputado Álvaro Campelo (PP).

O mais interessante disso tudo é que o deputado Wilker Barreto (PHS) também assinou o pedido para a criação da CPI dos Combustíveis, para investigar os preços abusivos que estavam sendo cobrados pelos donos de “postos de gasolina” da cidade.

Porém, o que muitos não sabem é que o irmão de Wilker Barreto, chamado Wilame Barreto, é supostamente o proprietário de um posto de gasolina localizado na Avenida Efigênio Salles, no bairro Aleixo, zona Centro-Sul da capital.

Em 2015, quando era presidente da CMM (Câmara Municipal de Manaus) o então vereador, Wilker Barreto engavetou o pedido de investigação solicitada com a assinatura de 18 vereadores, de um suposto cartel de combustíveis na cidade,o que causou tremenda revolta na população.