Brasil – Bem longe do tão propagado “sonho americano”, o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que fugiu do Brasil usando passaporte diplomático para entrar nos EUA, está desembolsando 4,5 mil dólares – cerca de R$ 23 mil, que daria 75% do salário que recebia no governo Bolsonaro – a cada mês para viver em um apart-hotel três estrelas, de 71 metros quadrados, em Bethesda, na periferia de Washington, a 10 quilômetros do Banco Mundial.

Escorraçado do governo por Jair Bolsonaro após querer condenar os “vagabundos” do Supremo Tribunal Federal (STF) à cadeia na fatídica reunião do dia 22 de abril, Weintraub parece pouco feliz com os serviços do hotel Residence Inn By Marriott em que se hospeda na capital financeira do mundo enquanto aguarda a difícil nomeação para um cargo no Banco Mundial – o prêmio que recebeu pelos serviços prestados ao governo do capitão.

Segundo reportagem de Nathalia Watkins, na revista Crusoé nesta sexta-feira (24), Weintraub tem se demonstrado descontente com a faxina semanal oferecida pelo hotel e foi flagrado de bermuda cargo, tênis, boné e máscara de proteção contra o coronavírus carregando um balde d’água para limpar o apartamento.

Como de costume nos tempos de ministro, Weintraub se irritou com a abordagem da jornalista e ameaçou chamar a segurança. “A conversa não prosperou”, escreveu Nathalia na reportagem, que detalha a rotina monótona e pouco “aprazível” do ex-ministro na periferia da capital financeira do mundo.