O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a PF (Polícia Federal) a acessar dados de uma investigação do Facebook que resultou na remoção de contas ligadas ao PSL e a gabinetes da família Bolsonaro das redes sociais.

A investigação revelou que pelo menos cinco pessoas ligadas ao bolsonarismo coordenavam a rede suspensa para atacar adversários do presidente e disseminar informações falsas. Entre eles, um assessor especial da Presidência, muito próximo a Carlos Bolsonaro, e dois assessores parlamentares do deputado Eduardo Bolsonaro.

A decisão foi tomada na semana passada em dois inquéritos do STF: no que apura a organização e financiamento de atos antidemocráticos e no que investiga ataques a ministros da Corte e disseminação de notícias falsas. O Facebook não se manifestou.

A empresa tirou do ar 35 contas, 14 páginas e um grupo do Facebook, além de 38 contas do Instagram. O Facebook afirmou ter identificado perfis falsos e com “comportamento inautêntico” – quando um grupo de páginas e pessoas atuam em conjunto para enganar outros usuários sobre quem são e o que estão fazendo.

Ainda de acordo com o Facebook, os responsáveis pelos materiais removidos tentavam ocultar suas identidades.