Amazonas – Quando a esmola é demais o santo desconfia, é o caso do deputado federal, Delegado Pablo (PSL). Investigado por corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, pela Operação Seronato da Polícia Federal (PF) em maio de 2020, o deputado federal, acaba de completar dois anos de seu mandato. Eleito com mais de 151 mil votos, ele integra o quadro de representantes do povo amazonense em Brasília. 

Bolsonarista, o parlamentar de direita prega nas suas redes sociais o combate contra a criminalidade a corrupção, mas continua sendo investigado pelos crimes contra o poder público. 

O mesmo também ficou a favor do Deputado Daniel Silveira, preso por insultar os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), defender o Ato Institucional nº 5 (AI-5) e a substituição imediata dos ministros da Suprema Corte brasileira. 

O deputado é investigado pela gestão de 2012, quando atuava como delegado lotado no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na zona oeste de Manaus. Ele teria viabilizado por “debaixo dos panos”, a venda da empresa de sua mãe, no valor de meio milhão de reais de forma criminosa, segundo a PF. 

Diante do exposto, também são investigados familiares de Pablo e dois empresários que são amigos do parlamentar, que também teriam participação no esquema de corrupção. 

Em  2020, a Justiça do Amazonas bloqueou os bens do delegado por ele ser um dos principais alvos da operação Seronato. 

Agora, em 2021, quase um ano depois do escândalo que chocou toda a sociedade, o parlamentar permanece em silêncio. A segunda fase da investigação tem previsão para acontecer ainda este ano. 

Leia a nota da Polícia Federal na íntegra 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (15/05/2020), a Operação Seronato, inaugurando a fase ostensiva de dois Inquéritos Policiais instaurados em janeiro e maio de 2019, respectivamente, para investigar as possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. 

Foram cumpridos, em Manaus, seis mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas. 

Os investigados são dois empresários, a sócia de uma das empresas supostamente envolvidas, um servidor da Polícia Federal, atualmente licenciado, e dois dos seus familiares. 

As provas da materialidade delitiva e indícios de autoria, colhidos ao longo do primeiro Inquérito Policial, indicam que o servidor da Policial Federal teria se prevalecido do cargo ao fazer mau uso das informações obtidas durante a investigação que culminou com a Operação Udyat, deflagrada no ano de 2012, para viabilizar, de forma indevida, o agenciamento da venda de uma empresa pertencente a pessoa de sua família, pelo valor de R$ 500 mil. 

Por meio da segunda investigação criminal, a Polícia Federal pretende esclarecer sobre as possíveis ocorrências de crimes de falsidade, favorecimento em razão do cargo e lavagem de dinheiro, em relação a fatos que envolvem a subcontratação, realizada por um consórcio de empresas que atuou na construção do Aeroporto Internacional de Manaus/AM, para que a empresa registrada, em nome do familiar do servidor da Polícia Federal, executasse o paisagismo do aeroporto, pelo valor de R$ 1.2 milhão de reais. 

O nome da operação é uma alusão às suspeitas de que um dos investigados teria se prevalecido do cargo policial para cometer fatos que tinha por dever reprimir.

Com informações de Laranjeiras FM