
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, PRF, Silvinei Vasques, foi preso no Paraguai após romper a tornozeleira eletrônica e deixar o Brasil sem autorização judicial. A informação foi confirmada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (26).
Segundo as investigações, o monitoramento eletrônico foi violado, o que acionou alertas automáticos às autoridades brasileiras. A partir disso, equipes de segurança iniciaram as buscas e constataram que Vasques havia fugido por Santa Catarina em direção ao país vizinho.
A prisão ocorreu no Aeroporto Internacional de Assunção, no momento em que o ex-diretor tentava embarcar com destino a El Salvador. Ele foi detido por agentes paraguaios e deverá passar por audiência de custódia, permanecendo à disposição da Justiça brasileira para os procedimentos de extradição.
Silvinei Vasques foi condenado em 16 de dezembro como um dos cinco réus do chamado núcleo 2 da trama golpista investigada pelas autoridades. De acordo com as apurações, o grupo teria participado da elaboração da chamada minuta do golpe, além de um plano para assassinato de autoridades e da articulação dentro da PRF para dificultar o voto de eleitores da Região Nordeste nas eleições de 2022.
O ex-diretor já havia sido preso em agosto de 2023, sob suspeita de utilizar a estrutura da Polícia Rodoviária Federal para interferir no processo eleitoral. Um ano depois, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou a prisão, mas impôs medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico à Justiça, cancelamento do passaporte, suspensão do porte de armas e proibição de uso de redes sociais.







