Em mais um escândalo envolvendo sua gestão, funcionários terceirizados da Secretaria Municipal de Educação (Semed) denunciam atrasos nos salários e benefícios.

Segundo relatos de trabalhadores que preferiram não se identificar, a empresa Colima Serviços e Construções Ltda voltou a atrasar o pagamento de salários, vale-alimentação, vale-transporte e férias, alegando que não recebeu os repasses da Semed. Em 2023, a mesma empresa já havia sido denunciada por atrasos idênticos.

Os funcionários afirmam que os pagamentos deveriam ocorrer até o 5º dia útil de cada mês, mas frequentemente chegam apenas na quinzena ou muito próximos da próxima folha, acumulando atrasos constantes.

“Estamos há mais de uma semana sem transporte e alimentação. A justificativa é que a Semed não repassou o pagamento, mas isso ocorre todo mês. Quando cobramos, recebemos apenas pequenas compensações temporárias e nenhuma resposta definitiva”, disse uma colaboradora.

Outro funcionário revelou que a empresa ameaça quem questiona os pagamentos. “Ninguém sai de casa para trabalhar de graça. Há três meses enfrentamos essa situação humilhante e inaceitável. Se reclamamos, nos ameaçam com demissão. Se faltamos por falta de transporte, levamos falta. Queremos respeito”, desabafou.

O contrato da Colima com a Semed, assinado em junho de 2023, prevê prestação de serviços de limpeza, conservação, higienização e jardinagem em unidades escolares e administrativas, com fornecimento de mão de obra, materiais e equipamentos, pelo valor de R$ 10.216.272,00. Apesar disso, os repasses à empresa têm sido alvo de constantes atrasos e justificativas nebulosas, levantando dúvidas sobre a gestão financeira da pasta sob o comando de David Almeida.

A Colima, com sede na rua Rosa Cruz, nº 36, bairro Nossa Senhora das Graças, Centro-Sul de Manaus, pertence à empresária Milena Nascimento Wanderlof e tem capital social de R$ 5.076.750,00. Apesar das denúncias, nem a Semed nem a empresa se pronunciaram oficialmente até o fechamento desta matéria.