
Ministros do Governo Federal manifestaram oposição ao parecer apresentado pelo deputado Luiz Gastão, do PSD do Ceará, que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem extinguir o regime de escala 6 por 1. O relatório deve ser analisado nesta quarta-feira (3) em uma subcomissão da Câmara dos Deputados e, se aprovado, seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o governo defende o fim da escala 6 por 1, argumentando que a mudança é necessária para garantir dignidade e equilíbrio na rotina laboral. Ela destacou que reduzir apenas a carga horária não seria suficiente sem assegurar períodos para lazer, demandas pessoais e convivência familiar.
A declaração foi feita durante coletiva concedida ao lado do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, além dos deputados Reginaldo Lopes, do PT de Minas Gerais, autor da primeira PEC sobre o tema, e Daiana Santos, do PCdoB do Rio Grande do Sul, responsável por projeto de lei que também prevê a redução da jornada de 44 para 40 horas.
Boulos afirmou que o governo foi surpreendido pelo teor do relatório e reiterou que seguirá defendendo o fim da escala 6 por 1, sem perdas salariais, em articulação com o Congresso e setores da sociedade. Segundo ele, a proposta conta com apoio de mais de 70 por cento da população brasileira em pesquisas recentes.







