
O motorista de carreta Dener Laurito dos Santos, de 52 anos, que ganhou repercussão na última semana após afirmar ter sido obrigado por criminosos a dirigir com explosivos amarrados ao corpo, admitiu na última quarta-feira (19) que simulou toda a situação que bloqueou o Rodoanel por quase cinco horas.
Natural de Ribeirão Pires (SP), pai de quatro filhos e ex-policial militar, Dener afirmou ao g1 que está passando por acompanhamento psicológico. Os laudos toxicológicos ainda não foram concluídos. Ele foi expulso da Polícia Militar de São Paulo em 2006 por “prática de atos desonrosos”, considerada transgressão disciplinar grave.
Na versão inicialmente apresentada, Dener disse ter sido rendido e forçado a estacionar a carreta no meio do Rodoanel, provocando a interrupção do tráfego. Ele foi encontrado amarrado aos supostos explosivos, falando de maneira desconexa e aparentando estar em estado de choque. A corporação, no entanto, concluiu rapidamente que o artefato não se tratava de uma bomba real.
O motorista permaneceu imóvel por mais de quatro horas até a chegada do Esquadrão Antibomba do Gate. Após sair da cabine com auxílio de um agente, chegou a desmaiar na pista e foi encaminhado a um hospital da região.
A carreta ficou parada no trecho entre as rodovias Régis Bittencourt e Imigrantes, sentido Rodovia Presidente Dutra. O bloqueio causou transtornos e levou ao fechamento total do Rodoanel no local, que só foi liberado pouco depois das 10h.







