
Um vídeo gravado no domingo (16) revelou uma situação preocupante em um hospital público de Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Nele, um maqueiro aparece fazendo comentários inapropriados enquanto manipulava dois corpos ensacados dentro da capela da unidade.
“Esse presentinho número dois. Olha o narizinho dele aqui! Ou esse presuntinho número um”, disse o funcionário. A cena gerou indignação e levantou questões sobre o respeito e a dignidade de pacientes falecidos, além de possíveis falhas na supervisão do ambiente hospitalar.
As imagens do vídeo foram rapidamente compartilhadas nas redes sociais, gerando ampla repercussão e indignação.
Após a polêmica, um print que circula nas plataformas digitais revela que o maqueiro pediu, de forma urgente, que a postagem fosse removida.
Na mensagem, ele reconheceu seu erro e demonstrou arrependimento pelas declarações feitas durante a gravação.
“Quero que apague a postagem com o meu nome. Com todo o respeito. Teria como? Eu Errei”, escreveu o maqueiro.
A situação levanta importantes discussões sobre a ética profissional e o tratamento digno aos falecidos, além da necessidade de medidas corretivas dentro da instituição.
Em nota oficial, a Prefeitura de Cachoeiras de Macacu informou que já solicitou providências à empresa responsável pela administração do hospital.
Segundo a terceirizada, os funcionários envolvidos no episódio serão afastados de suas funções enquanto são tomadas as medidas internas e legais adequadas.
A nota ainda esclareceu que a Prefeitura repudia comportamentos que desrespeitam a dignidade humana e reafirmou seu compromisso em garantir um atendimento de qualidade e respeitoso em todas as unidades de saúde do município. Além disso, a administração municipal ressaltou que está investigando o caso para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.
“A gravação e divulgação não autorizada de imagens em ambiente hospitalar ferem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), violam o direito à intimidade e afrontam a dignidade humana”.
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Nota da Prefeitura
“A Prefeitura de Cachoeiras de Macacu informa que solicitou providências imediatas à empresa administradora do Hospital Municipal em relação ao episódio recente.
A empresa comunicou que os profissionais envolvidos serão preliminarmente retirados das funções que desempenhavam e responderão aos procedimentos internos e legais cabíveis, conforme a legislação trabalhista vigente (CLT). Informou também que os atos divulgados constituem infração grave aos protocolos contratuais e éticos que amparam a atuação da instituição e, como tal, serão tratados com todo o rigor.
A gravação e divulgação não autorizadas de imagens em ambiente hospitalar ferem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), violam o direito à intimidade e afrontam a dignidade humana. Tais práticas violam frontalmente as normas de conduta e as exigências estabelecidas pelo Município.
A Prefeitura reitera que não tolera atos de desrespeito a pacientes e familiares.
Acompanharemos a apuração administrativa realizada pela gestora do hospital, que informou a comunicação às autoridades competentes para investigação de eventual ilícito penal.
Reforçamos nosso compromisso inegociável com um atendimento público ético, humanizado e seguro”.
Confira:







