Se tem história que parece roteiro de novela no Brasil, esta certamente entra na lista — e, curiosamente, envolve justamente a Globo. O pastor José Caetano Neto, preso em 2018 após ser acusado de chefiar um suposto esquema de falsificação de documentos em São Paulo, decidiu agora, em 2025, processar a emissora. O detalhe é que o inquérito foi arquivado por falta de provas mínimas para virar ação penal. E, segundo ele, sua vida teria sido completamente destruída pela exposição.

O religioso pede R$ 137 milhões por danos materiais, R$ 150 milhões por danos morais e ainda exige que a Globo se retrate publicamente, retire do ar todas as matérias e nunca mais mencione seu nome.

O que mais chamou atenção da coluna Daniel Nascimento, no entanto, foi o timing. Advogados consultados afirmam que ações desse tipo, em regra, prescrevem após três anos. Se esse entendimento prevalecer, o processo pode nem chegar a ser analisado. E, nesse cenário, o pastor ainda corre o risco de sair no prejuízo: a conta da sucumbência pode chegar a alguns milhões.

Ou seja, a ofensiva jurídica tem potencial para virar um tiro bem caro pela culatra.

A Globo ainda não comentou o caso. Enquanto isso, advogados devem passar o feriado inteiro mergulhados nos autos. Quem quiser acompanhar esse possível “milagre processual” é só esperar pelos próximos capítulos.