
Uma mega operação policial desvendou um esquema milionário de tráfico dentro de um condomínio de luxo na Ponta Negra, em 17 de outubro de 2025, revelando que a mansão usada para esconder 40 quilos de “cocaína preta”, avaliados em R$ 19 milhões, estava ligada à peruana Liege Aurora Pinto da Cruz, 74 anos, conhecida por circular como socialite em Manaus e manter negócios de fachada na cidade.
Segundo o Departamento de Investigação sobre Entorpecentes, a residência, equipada com campo de futebol e heliporto, funcionava como base para armazenamento e distribuição de drogas. A primeira abordagem encontrou 16 quilos de cocaína branca e um caderno com anotações que indicavam mais entorpecentes escondidos. Após buscas minuciosas, policiais localizaram os 40 quilos de cocaína preta em fundos falsos de móveis, cadeiras e quadros.
A droga, alterada com carvão ativado e toner para evitar detecção por cães e testes rápidos, tem valor até dez vezes superior ao da cocaína comum. A investigação aponta que o carregamento veio do Peru e seria enviado à Austrália, utilizando a rota do Solimões e a tríplice fronteira.
Liege, que estava fora do Brasil no dia da operação, nega envolvimento com o entorpecente. A defesa afirma que ela apenas frequentava o imóvel aos fins de semana e que a área onde os pacotes foram encontrados se tratava de um anexo ocupado pelo caseiro. Durante a ação, foram presos os funcionários peruanos German Alonso Pires Rodrigues e Jeyme Farias Batalha, que trabalhavam para ela há mais de uma década.
A polícia reforça que o Amazonas vive recorde de apreensões e segue como ponto central das grandes rotas do narcotráfico internacional.







