
O governo Lula reservou quase R$ 160 bilhões para o Bolsa Família no Orçamento de 2026, segundo o portal Poder360. Com a redução recente no número de beneficiários, o valor abre margem para elevar o benefício médio pago às famílias.
Atualmente, o benefício médio é de R$ 683,42, podendo subir para R$ 701,01 no próximo ano. Antes da pandemia, o valor era de R$ 191,77, pago a 13,2 milhões de famílias, com gasto anual de R$ 33 bilhões. Caso mais 1 milhão de beneficiários deixem o programa até dezembro, o governo poderia conceder reajuste de até R$ 56,60; se o corte alcançar 2 milhões, o aumento pode chegar a R$ 100,23.
Desde que Lula reassumiu a Presidência, em janeiro de 2023, o número de famílias atendidas caiu 2,7 milhões, sendo 1,9 milhão apenas em 2025. O benefício-base é de R$ 600, mas os adicionais para crianças e gestantes elevam o valor médio.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que não há necessidade de aumento automático, já que a inflação está controlada. O governo, no entanto, não descarta reajuste em 2026, reforçando que os cortes resultam da atualização do Cadastro Único — e não de medidas de economia.
Um aumento do Bolsa Família poderia fortalecer o apelo eleitoral de Lula junto ao eleitorado de baixa renda. Além do programa, o presidente deve contar com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil e com medidas do Congresso para estimular a economia em 2026.
Outra alternativa seria manter o valor atual e incluir novas famílias, já que 925 mil estão pré-habilitadas para entrar no programa — número que chegou a 1,3 milhão em julho de 2023.
Os gastos com o Bolsa Família cresceram após a pandemia, acompanhando o aumento do número de beneficiários e do valor médio, que saltou de cerca de R$ 200 para mais de R$ 600. Em outubro de 2025, o programa custou R$ 12,9 bilhões, contra R$ 3,7 bilhões em janeiro de 2022. O governo vem reduzindo despesas com pente-fino em cadastros irregulares. O programa foi ampliado por Jair Bolsonaro (PL) em 2022.







