
No último domingo (2), surgiram novas informações sobre o posicionamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à Venezuela. Segundo autoridades do governo americano ouvidas pelo The New York Times, Trump avalia uma série de ações possíveis contra o regime de Nicolás Maduro, que incluem ataques a alvos militares e a tomada de controle de campos de produção de petróleo.
Fontes próximas afirmam, no entanto, que o presidente teme os riscos de uma operação fracassada que coloque em perigo tropas americanas e ainda busca respaldo legal para medidas que vão além de ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico. Até o momento, Trump não tomou decisão definitiva, mas assessores próximos têm defendido operações para derrubar Maduro.
Em entrevista, Trump afirmou duvidar de uma guerra com a Venezuela, mas ao ser questionado sobre a queda do ditador respondeu: “Eu diria que sim. Acho que sim, sim”. Entre os principais defensores de uma postura mais agressiva estão o secretário de Estado, Marco Rubio, e o vice-chefe de gabinete e conselheiro de segurança interna, Stephen Miller.
Outros assessores têm buscado no Departamento de Justiça uma justificativa legal que dispense a necessidade de aprovação do Congresso para ações mais incisivas contra o regime venezuelano. Em nota, a porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, ressaltou que Trump tem sido claro em sua posição contra o narcotráfico, mas que qualquer ação além disso ainda é especulação.
Recentemente, Trump autorizou a CIA a operar em solo venezuelano, incluindo ações de informação, instigação à oposição, sabotagem e até a captura de Maduro. Ainda assim, há avaliação interna de que, se tais medidas fossem eficazes, já teriam sido implementadas, o que leva à consideração de opções militares.
As medidas discutidas incluem bombardeios a instalações militares para reduzir o apoio a Maduro, envio de forças especiais para capturar ou matar o ditador, e controle de aeroportos e campos de petróleo. Críticos alertam que ações mais agressivas podem fortalecer o apoio interno ao regime.
Para minimizar riscos às tropas, há preferência por operações com drones e armamentos disparados de forças posicionadas no Caribe, especialmente com a chegada do USS Gerald Ford, maior porta-aviões do mundo, à região. O navio se soma a outros navios de guerra e tropas americanas posicionadas em Porto Rico.
Maduro é acusado pelos EUA de envolvimento com o narcotráfico e de liderar o suposto Cartel de los Soles, que incluiria a cúpula política e militar venezuelana. Embora o governo americano já tenha realizado mais de 15 ataques a embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico no Caribe e Pacífico, não foram apresentadas evidências públicas da presença de drogas nas embarcações.
O clima de tensão na região aumenta à medida que os EUA reforçam sua presença militar, sinalizando que a administração Trump considera múltiplas estratégias para pressionar o regime de Maduro.







