
BRASÍLIA – Com rios estratégicos, portos movimentados e fronteiras vulneráveis, Manaus se consolida como o principal elo logístico entre o narcotráfico internacional e as economias ilícitas da floresta”_, afirmou o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL/AM), ao questionar o Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre o fato de Manaus ser apontada como epicentro do crime organizado na Amazônia.
A informação consta no relatório _“A Amazônia sob ataque – Mapeando o crime na maior floresta tropical do mundo”_, publicado em outubro de 2025 e elaborado pela Amazon Underworld. O documento identifica Manaus como ponto estratégico para o crime organizado na região, destacando a capital amazonense como um dos principais corredores da cocaína produzida na América do Sul.
As drogas chegam pelo Rio Solimões e seguem ao longo do Rio Amazonas para distribuição doméstica ou transporte internacional, com as facções brasileiras Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC) dominando essas rotas”_, explicou o parlamentar
Principais preocupações
De acordo com o relatório, 67% dos municípios amazônicos têm presença de facções criminosas, e Manaus se tornou o principal corredor de cocaína da América do Sul.
Diante desse cenário, o deputado questionou o governo federal sobre qual é a estratégia concreta para desarticular as rotas do narcotráfico nos rios Solimões e Amazonas; se o Estado brasileiro perdeu o controle de partes do território nacional; e como o governo pretende recuperar a soberania nessas áreas.
O parlamentar lembrou ainda que o avanço do crime no Amazonas está diretamente ligado ao garimpo ilegal, destacando que o PCC tem diversificado suas operações em Roraima, especialmente nas terras indígenas Yanomami, na fronteira com a Venezuela, recrutando venezuelanos para o garimpo e atividades paralelas, como segurança e exploração sexual.
“O relatório conclui que a Amazônia vive uma era de violência exacerbada, impulsionada pelo ouro e pela cocaína. O dinheiro do crime continua corrompendo forças do Estado, juízes e autoridades locais, enquanto as facções expandem sua influência sobre os territórios amazônicos”, destacou Capitão Alberto Neto.
			
		






