Em mais um polêmico caso envolvendo sua gestão, a Prefeitura de Manaus realizou uma licitação para serviços de lavanderia hospitalar externa que apresentou valores discrepantes e indícios de fragilidade no processo concorrencial. O edital previa gasto máximo de R$ 6,5 milhões, mas a empresa Lav Norte venceu oferecendo R$ 9,80 por peça, totalizando aproximadamente R$ 5,9 milhões aos cofres públicos.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, das três empresas participantes, uma foi desclassificada por não informar preço, enquanto outra apresentou uma proposta absurda de R$ 1.000 por peça, o que resultaria em cerca de R$ 600 milhões pelo contrato. Essa empresa possui 97 atividades cadastradas na Qualificação Nacional de Atividades Industriais (QNAI), mas nenhuma relacionada a lavanderia hospitalar, levantando questionamentos sobre a fiscalização e seriedade da habilitação.

Especialistas apontam que valores drasticamente fora do mercado podem indicar falta de interesse real na concorrência ou estratégia para favorecer um concorrente específico. A vencedora, Lav Norte, do grupo Bringel, apresentou preço próximo ao que a Prefeitura esperava, e já acumula outros contratos na saúde municipal, gerando suspeitas sobre direcionamento.

A reportagem questionou a Prefeitura sobre a possibilidade de revogar o processo e abrir nova licitação, considerando as propostas inviáveis das demais concorrentes, mas até o fechamento da edição não obteve resposta.