
A Polícia Civil do Amazonas instaurou um novo processo criminal contra o empresário e Jornalista Alex Mendes Braga, desta vez por uso de documento falso e fraude processual. A denúncia surgiu após reportagem investigativa do Radar Amazônico, que revelou que o atestado médico apresentado pelo jornalista para justificar sua ausência em uma audiência no dia 29 de julho de 2025, relacionada a um processo de estupro e aborto forçado, era falsificado.
A investigação foi conduzida pela Delegada Deborah da Fonseca Barreiros, do 16º Distrito Integrado de Polícia, e aponta que a apresentação do atestado teve como objetivo manipular o andamento judicial, caracterizando fraude processual. Entre as diligências solicitadas, estão a apreensão de objetos ligados ao caso, perícia no documento e oitiva de testemunhas.
O inquérito revelou que a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) confirmou que o médico citado no atestado não atua na unidade indicada e que o carimbo, assinatura e papel timbrado não são legítimos.
Além disso, o Cirurgião Marcelo Francisco Tiburi, ouvido pela Polícia no Rio Grande do Sul, declarou que nunca trabalhou em unidades de saúde do Amazonas, não conhece Alex Braga e não reconhece a assinatura do atestado, reforçando a falsificação. Ele ainda ressaltou que, para emissão de documentos desse tipo, seriam necessários exames médicos que não foram apresentados.
Segundo a denúncia, o atestado alegava que Braga estaria com Covid-19 e, por isso, não poderia comparecer à audiência de instrução. No entanto, o Juiz Mauro Antony negou o pedido de adiamento. Caso seja condenado, Alex Mendes Braga pode enfrentar até 5 anos de prisão por uso de documento falso (art. 298 do Código Penal) e até 2 anos por fraude processual (art. 347), além de multa.
**Com informações Radar Amazônico







