Na Bolsa brasileira, a Petrobras liderou as perdas de valor de mercado em 2025. Entre 31 de dezembro de 2024 e 23 de dezembro deste ano, a estatal viu sua capitalização encolher mais de R$ 87 bilhões, de acordo com levantamento da consultoria Elos Ayta.

Logo atrás aparece a Ambipar, que acumulou retração de R$ 21,2 bilhões no período. A Weg fecha o trio das maiores desvalorizações do ano, com queda de R$ 18,8 bilhões em valor de mercado.

Entre as dez companhias que mais perderam valor em 2025, outra estatal se destaca: o Banco do Brasil, que amargou uma redução de R$ 13,8 bilhões. Somadas, Petrobras e Banco do Brasil responderam por uma diminuição de R$ 100,8 bilhões em valor de mercado até 23 de dezembro — cifra superior ao total combinado das outras oito empresas que compõem o ranking das maiores quedas do ano.

Para a Elos Ayta, os números evidenciam o peso desproporcional das estatais na destruição de valor, por conta de seu tamanho, liquidez e forte participação nos principais índices da Bolsa.

Segundo o CEO da consultoria, Einar Rivero, o valor de mercado ajuda a captar, em termos absolutos, a percepção dos investidores sobre cada companhia ao longo do tempo. “O valor de mercado é como uma fotografia em uma data específica. Enquanto o preço da ação mostra a variação percentual para o acionista, a capitalização evidencia o volume de riqueza criado ou destruído no período analisado”, afirma.