O que era para ser um grande encontro entre fãs e a cantora Ana Carolina acabou se transformando em frustração e revolta. Relatos apontam que, durante o evento, a artista impôs uma série de restrições que afastaram não apenas a imprensa, mas também o próprio público que foi até o local para prestigiá-la.

Entre os vídeos que circulam nas redes sociais, a cantora aparece chegando ao local sem atender sequer um fã, reforçando a postura de distanciamento que marcou toda a apresentação.

Mas o episódio mais grave vai além da falta de simpatia ou do comportamento elitista.

Segundo informações, a produção da cantora solicitou a retirada da intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) de cima do palco principal. Diante da situação, a prefeitura precisou improvisar um palco menor, fora da área ocupada pela artista, para que o trabalho de inclusão não fosse totalmente interrompido.

A atitude não é apenas questionável — é um retrocesso. A retirada de uma intérprete de Libras representa um ataque direto à inclusão e ao direito de pessoas surdas de terem acesso pleno à cultura e à arte. Em tempos em que tanto se fala sobre acessibilidade, a postura atribuída à produção de Ana Carolina soa como desprezo e desrespeito.

Não se trata apenas de ego inflado ou de estrelismo. Trata-se de ignorar o público, desvalorizar profissionais e virar as costas para a inclusão. O palco é grande, a carreira é consolidada, mas atitudes como essa apequenam qualquer artista.

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