Justiça do Amazonas autorizou que Bruno da Silva Gomes responda em liberdade ao processo que o acusa de homicídio qualificado e tentativa de homicídio envolvendo cidadãos palestinos em Manaus. A decisão foi tomada na terça-feira (16) pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca da capital.

O caso se refere à morte de Mohamad Manasrah e à tentativa de homicídio contra Ismail Manasrah, ocorridas em fevereiro deste ano, no Vieiralves, Zona Centro-Sul de Manaus. Preso há mais de dez meses, Bruno deixou o sistema prisional após a concessão da liberdade provisória, passando a cumprir medidas cautelares determinadas pela Justiça.

Entre as exigências impostas estão o uso de tornozeleira eletrônica, o comparecimento periódico em juízo e o cumprimento de restrições destinadas a garantir o acompanhamento do processo e a aplicação da lei penal.

Na fundamentação da decisão, o magistrado destacou a postura colaborativa do réu durante as investigações. Bruno se apresentou espontaneamente às autoridades, entregou as roupas usadas no dia do crime, autorizou a coleta de material genético e manteve comportamento considerado adequado ao longo do inquérito. Também foram levados em conta o fato de ele ser réu primário, possuir endereço fixo e exercer atividade profissional lícita.

A Justiça também avaliou que não há indícios concretos de tentativa de fuga. Outro fator considerado foi que a vítima sobrevivente não reside em Manaus, o que reduziria o risco de novos conflitos ou intimidações.

Apesar da liberação, o processo segue em andamento. Bruno foi pronunciado em setembro, etapa que confirma o envio do caso para julgamento pelo Tribunal do Júri. A defesa recorreu dessa decisão, e o recurso ainda será analisado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas.

Enquanto isso, o segundo suspeito envolvido no crime, Robson Silva Nava Júnior, permanece foragido. Contra ele existem mandados de prisão em aberto registrados em âmbito nacional.