
O governo da Venezuela apresentou uma denúncia formal contra os Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), acusando o país de “pirataria”. O anúncio foi feito nesta terça-feira pela chancelaria venezuelana.
Em carta enviada ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, Samuel Zbogar, a Venezuela condenou a apreensão de um navio petroleiro realizada pelos EUA na costa venezuelana. O ministro das Relações Exteriores, Ivan Gil Pinto, solicitou a libertação imediata e incondicional da tripulação e a devolução do petróleo confiscado ilegalmente.
A operação ocorreu no dia 10 de dezembro. Segundo Washington, o navio transportava petróleo venezuelano para o Irã e estaria vinculado a uma rede de financiamento de organizações terroristas, sendo alvo de sanções há anos.
O episódio intensifica a tensão na América Latina, onde a administração Trump iniciou em agosto uma mobilização militar para combater o tráfico de drogas. Desde então, cerca de 26 embarcações foram atacadas por forças norte-americanas em águas do Caribe e do Oceano Pacífico. Apesar das acusações de tráfico, provas concretas ainda não foram divulgadas pelo Pentágono.
Além disso, o presidente venezuelano Nicolás Maduro enfrenta ameaças diretas, sendo apontado pelos EUA como líder do cartel Los Soles, recentemente classificado como organização terrorista.
A medida americana abre precedentes para operações militares internacionais sob a justificativa de combate ao terrorismo, similar a ações já realizadas pelo país em regiões do Oriente Médio.







