
Em novembro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Compliance Zero, em São Paulo, para desarticular um esquema de fraudes financeiras. Entre os alvos estava o Banco Master, investigado por diversas irregularidades. Durante as buscas, agentes apreenderam documentos digitais que revelam um contrato de alto valor entre a instituição e o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os arquivos não estavam em computadores corporativos ou sistemas internos, mas no celular do controlador do banco, Daniel Vorcaro. Segundo o material, o Master se comprometia a pagar R$ 3,6 milhões por mês ao escritório Barci de Moraes Advogados durante três anos — um total previsto de R$ 129 milhões. O contrato atribuía ao escritório a representação do banco em diversas frentes, sem detalhar casos específicos.
Embora o Master tenha entrado em liquidação e o valor integral não tenha sido quitado, mensagens encontradas pela PF indicam que os pagamentos ao escritório eram tratados como prioridade por Vorcaro, conforme conversas dele com funcionários.
Procurado, o escritório de Viviane Barci de Moraes não comentou o caso. O Banco Master também não respondeu aos questionamentos.







