
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), mulher trans, foi escolhida como uma das “mulheres do ano de 2025” pela revista Marie Claire, decisão que gerou intensa reação nas redes sociais.
No Instagram, a publicação em homenagem à parlamentar recebeu mais de 700 comentários — entre elogios, críticas e debates sobre sua atuação na Câmara. A própria deputada celebrou a indicação: “Que honra!”.
Entre as críticas, internautas afirmaram que Hilton “aparece mais em capa de revista do que em projetos” e a acusaram de usar o cargo para perseguir adversários, especialmente mulheres. Para uma seguidora, a escolha da revista foi “um escárnio” em um momento em que casos de feminicídio dominam o debate público.
A publicação não menciona que, em registros eleitorais anteriores, a deputada aparecia com o nome de batismo e gênero masculino, quando disputou sem sucesso uma vaga na Câmara Municipal de Itu (SP) em 2016.
A escolha de Erika Hilton acompanha uma tendência internacional. Desde 1999, o prêmio “Women of the Year”, da revista Glamour, destaca mulheres influentes em diferentes áreas. Em 2025, a edição britânica decidiu homenagear nove pessoas trans em uma capa especial intitulada “The Dolls”, reunindo atrizes, modelos, escritoras e ativistas apresentadas como “vozes inovadoras da comunidade”. Entre as selecionadas estão Bel Priestley, Munroe Bergdorf, Dani St. James, Ceval Omar, Mya Mehmi, Maxine Heron, Taira, Munya e Shon Faye, fotografadas em Londres usando a camiseta “protect the dolls”.







