
Sandra Regina Ruiz Gomes, de 42 anos, conhecida como Sandrão, deu detalhes sobre a relação com sua ex-namorada, Suzane von Richthofen, em entrevista ao “Domingo Espetacular”, da Record, transmitida neste domingo (16). Ela também acusou a série “Tremembé” de distorcer os fatos com “fins de lucro”.
“Me denominaram uma coisa que eu não sou. Um monstro. Não sou e nunca fui. Usaram a mim, a minha pessoa, num fato fictício para poderem lucrar com a minha imagem e o meu nome”, desabafou.
Sandrão foi condenada há 27 anos, e depois teve pena reduzida para cerca de 24, ao se envolver em um sequestro e assassinato de um vizinho adolescente, em outubro de 2003. Apesar do pagamento do resgate, a vítima foi encontrada com tiro na cabeça, amordaçada, com saco plástico na cabeça, punhos e tornozelos amarrados. Embora ela não tenha disparado o tiro, foi parte ativa no sequestro e no cativeiro.
“Eu fui chamada para fazer uma ligação. E eu falei que não fazia esse tipo de coisa”, disse. Sandrão aponta, no entanto, que queria se livrar de um problema com o “maior assassino de Mogi das Cruzes”.
“Ele estava matando todo mundo e eu virei o alvo. Eu fui coagida a participar. Foi uma troca. Aí, eu falei: ‘Tá, eu vou participar’. Eu fui para um orelhão público no centro de Mogi e fiz a ligação, mas eu fiquei lá. Eu não estava no sequestro, no cativeiro, na morte. Não estava em lugar nenhum.”
Ela contou como a relação com Suzane começou, no presídio feminino de Tremembé. “A gente sempre jogava xadrez junto, por regalia, bom comportamento, podíamos escutar música, e por isso fomos nos aproximando. Eu acredito [que Suzane se apaixonou]. Acho que uma máscara não dura 24 horas. Foi intenso”, disse. “Hoje em dia, com tudo que está acontecendo, em algum momento sim [se sentiu usada pela Suzane].”
Atualmente, Sandrão cumpre pena em regime semiaberto.







