
Roberto Soriano, conhecido como “Tiriça” e ex-número 2 do Primeiro Comando da Capital (PCC), está cumprindo um período de 30 dias de isolamento na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O motivo da punição foi a descoberta de um osso de frango afiado em sua cela por agentes penitenciários.
Segundo a direção do presídio, o osso estava “afiado como uma faca”. O receio era de que o item pudesse ser usado para atacar algum agente, outro detento ou mesmo auxiliar em uma tentativa de fuga com refém.
Durante o castigo, que se estenderá até 11 de dezembro, Soriano ficará totalmente isolado, sem direito ao banho de sol diário de duas horas e sem receber visitas de familiares. A presença de ossos nas refeições, que normalmente não ocorre com a proteína servida, foi justificada pela administração do presídio como um eventual deslize no chamado “panelão”.
Soriano foi transferido para Mossoró com outros dois ex-líderes do PCC, Abel Pacheco (Vida Loka) e Wanderson Nilton de Paula Lima (Andinho), após se tornarem “rivais” de Marcola, o líder máximo da facção, que está detido no presídio federal de Brasília.
Tiriça é o preso mais antigo entre integrantes e ex-membros do PCC detidos em unidades subordinadas ao Sistema Penitenciário Federal (SPF), completando 13 anos de permanência neste regime. Ele deu entrada na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) em 16 de novembro de 2012.
Sua remoção inicial da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) foi determinada pela Justiça de São Paulo, a pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O motivo foi a apreensão de um bilhete em que Soriano, atestado por exame grafotécnico como autor, enviava mensagens com ordens para assassinar PMs da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), além de orientações sobre como refinar cocaína e instalar fuzis em veículos. Soriano negou a autoria das mensagens na época.







