O Palácio do Planalto impôs sigilo sobre os gastos com o iate de luxo Iana III, embarcação onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja estão hospedados durante a COP30, em Belém (PA).

Segundo a Presidência, o iate foi alugado de uma empresa sediada em Manaus, com diárias de aproximadamente R$ 2.647 por pessoa, mas o governo não informou o número de ocupantes nem o valor total do contrato firmado com a locadora.

A escolha do Iana III ocorreu após o Planalto recusar o uso de um navio da Marinha, considerado inadequado para atender às demandas de segurança e conforto presidencial.

Parlamentares da oposição criticaram a decisão de ocultar os custos. O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) classificou o episódio como “aventura naval financiada com dinheiro público”, enquanto Messias Donato (Republicanos-ES) chamou o caso de “hipocrisia”, afirmando que Lula “mentiu ao prometer dormir em barco simples e acabar em um iate de luxo”.

As críticas reforçam a pressão por transparência nos gastos da Presidência, especialmente em meio ao discurso governista de austeridade e defesa das pautas sociais.