
O deslocamento de tropas dos Estados Unidos para o Caribe e o aumento da tensão com a Venezuela devem dominar as discussões da Cúpula Celac-União Europeia, marcada para este fim de semana em Santa Marta, na Colômbia. O encontro, porém, corre o risco de ser esvaziado diante da ausência de representantes europeus.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu participar de última hora e deve embarcar na noite de sábado (8) ou na manhã de domingo (9), retornando no mesmo dia. Na segunda-feira (10), Lula estará novamente em Belém, onde abrirá oficialmente a COP30.
A secretária para América Latina e Caribe do Itamaraty, Gisela Padovan, lamentou a baixa presença de chefes de Estado, mas negou que isso represente um gesto político. Segundo ela, o cenário reflete “polarização e dificuldades entre países”, mas também compromissos simultâneos, como a posse presidencial na Bolívia.
Padovan explicou que a reunião não foi convocada por causa da crise venezuelana, mas admitiu que o tema será inevitavelmente abordado. “É natural que um assunto que preocupa países da região seja tratado”, afirmou.
Questionada sobre o papel do Brasil como interlocutor entre EUA e Venezuela, a diplomata ressaltou que o governo brasileiro só atuará se houver solicitação formal das partes. “Estamos à disposição, porque somos vizinhos relevantes e temos interesses profundos na Venezuela, mas não podemos agir sem ser convidados”, concluiu.







