
Após a ação policial no Rio de Janeiro que resultou em mais de 100 mortos, o deputado federal Lindbergh Farias (RJ) se manifestou e chamou o comportamento do governador do estado, Cláudio Castro (PL) de “vergonhoso”. O líder do PT na Câmara também sugeriu que o governador poderia ter usado a ação como uma maneira de fazer política.
– O Governador Cláudio Castro tem uma postura vergonhosa e tem que vir a público explicar porque se posiciona contra a PEC da Segurança, que dá força a ações de inteligência e de integração dos diferentes órgãos de segurança da União, Estados e municípios. Com a PEC da Segurança, a Polícia Federal teria garantida sua atuação em ações contra organizações criminosas e milícias privadas que tenham repercussão interestadual ou internacional – apontou.
Para o deputado, a ação deveria ter sido mais bem-planejada.
– Essa operação deveria ter sido planejada e dialogada com o ministro da Justiça para uma atuação conjunta e coordenada. O governador Cláudio Castro insiste em um modelo falido, que ao invés de privilegiar inteligência e integração, prefere operações de guerra, utilizadas há décadas no Rio de Janeiro, sem nenhum resultado concreto, exceto o derramamento de sangue de civis e policiais – disse.
Em outra publicação, o parlamentar sugeriu que Castro poderia ter usado a operação para fazer politicagem.
– Não descarto que a operação de hoje no Rio de Janeiro tenha sido deflagrada com a intenção abjeta de tentar mudar a pauta da política nacional. O próprio Cláudio Castro declarou em 2022 em entrevista ao jornalista Octávio Guedes sobre o uso eleitoral de operações como essa: “se me baseasse em pesquisa, faria uma operação policial por semana”. A hipótese é cruel, mas plausível: as maiores chacinas da história do Rio aconteceram sob sua gestão: Jacarezinho, Vila Cruzeiro, Alemão e agora Penha – explicou.
E completou.
– Como disse Reinaldo Azevedo: “A verdade inescapável é a seguinte: a extrema direita tem uma receita para a segurança pública, que não varia ao longo das décadas: empilhe corpos, abarrote os presídios, massacre os pobres, e se passará, então, a impressão de que algo está sendo feito. Quando tudo der errado, acuse o adversário de ser o responsável pela tragédia porque, afinal, ele teve a ousadia de dizer que sair matando a esmo não é a resposta” – afirmou.
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