
Debora Bloch, Ludmilla, João Gomes, Rachel Sheherazade e outros famosos se manifestaram sobre megaoperação policial realizada na última segunda-feira (28) nos complexos do alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 100 pessoas.
A intérprete de Odete Roitman no remake da novela Vale Tudo compartilhou um vídeo em que a deputada federal Benedita da Silva (PT) comenta a situação. Na legenda, a atriz escreveu: “A maior chacina do estado do Rio de Janeiro não é política de segurança, é política de extermínio”.
A cantora Ludmilla aconselhou os fãs a evitar sair de casa: “Se protejam, fiquem em lugar seguro. Não é momento de sair de casa. Se você por algum motivo teve ou tem que sair devido ao trabalho, tenha cautela e se mantenha informado através dos canais oficiais. Se cuidem, amo vocês!”.
O rapper Poze também alertou os fãs: “O momento pede cuidado e responsabilidade. As situações que estão acontecendo hoje coloca, todos em risco, principalmente quem precisa circular pelas ruas. Por isso, o mais importante é ficar em casa”.
João Gomes, que reuniu uma multidão de fãs no último domingo (26) com um show gratuito na Lapa, contou ter se assustado com o barulho de tiros.
“Meu irmão, na saída da locação, eu vim com meu assessor Cláudio e doido, bizarro, velho. Eu saí no carro, veio uma moto assim. A gente não entendeu por que a turma estava pedindo para voltar pro lugar da locação. Mas dizem que esses caras começaram a atirar do nada, velho. Meu Deus do céu”, começou o cantor.
O pernambucano continuou o relato: “E a gente, quando pegou as avenidas aqui, as rodovias, deserto, deserto, meu irmão. Que negócio do caramba, velho. Aí os meninos esperaram um pouco lá, porque a gente foi de van. Os meninos esperaram. Então, doido. Que bizarro, velho. Que loucura, velho!”.
“Que Deus tenha misericórdia. Que susto do caramba”, concluiu João Gomes.
A jornalista Rachel Sheherazade também publicou um vídeo no Instagram, afirmando que a operação foi “desastrosa” e “sangrenta” e uma “execução sumária” de moradores periféricos: “A polícia entrou para cumprir 100 mandados de prisão, não para cometer 60 execuções”.
A ex-funcionária da Record também criticou as pessoas que celebraram o resultado da ação: “Essas pessoas não têm nome, não têm rosto, e principalmente, não têm dinheiro. São favelados, pretos, pardos, desafortunados. Morrendo muitos, ainda assim, não farão falta. Assim pensam alguns”.
Os maiores e mais poderosos criminosos andam de jatinho, vivem em condomínios de mansões e apertam as mãos de gente graúda de Brasília. Por que o governo não faz operações nesses lugares?”, questionou ainda a jornalista.
Rachel destacou, por fim, que os próprios policiais são vítimas do sistema: “O policial aprende a odiar a favela de onde veio e não o sistema que aprisiona ele e o traficante na mesma pobreza. Ele é o bucha de canhão. No fim das contas, o gatilho quem puxa é o policial, mas a culpa da chacina é de quem manda matar”.
O escritor Itamar Vieira Junior, autor do livro “Torto Arado”, comentou: “Alguém consegue dormir tranquilo depois do banho de sangue promovido pelo governador do Rio de Janeiro? Até quando vamos normalizar essa carnificina?”.
A desembargadora e escritora Andrea Pachá escreveu: “Terça-feira. Dia. 64 mortos. Quem não se escandaliza com essa realidade nem gente é. O Rio de Janeiro não merece tanta dor”.







