O ditador venezuelano Nicolás Maduro apelou até para o inglês, na última quinta-feira (23), ao pedir que os Estados Unidos evitem uma guerra contra a Venezuela. Em discurso transmitido pela TV estatal, ele dirigiu-se diretamente ao povo americano:

Yes, peace, forever peace. No crazy war! [“Sim, paz, paz para sempre. Sem guerra louca”, em tradução livre] — declarou Maduro, cercado por sindicalistas ligados ao chavismo.

O apelo ocorre em meio a uma série de operações militares dos EUA no Caribe, iniciadas em agosto. Washington enviou contratorpedeiros, um submarino e embarcações de forças especiais para a região, sob o argumento de combater o tráfico de drogas. Nesta sexta-feira (24), o Pentágono anunciou o envio do porta-aviões USS Gerald Ford, o maior do mundo, ao Mar do Caribe.

De acordo com o Departamento de Defesa norte-americano, desde 2 de setembro foram realizados nove bombardeios contra embarcações e submersíveis, resultando na morte de pelo menos 37 suspeitos de narcotráfico. Dois desses ataques ocorreram no Oceano Pacífico. Maduro classificou as ações como assédio e ameaça militar dos Estados Unidos contra a Venezuela.