Na última quarta-feira (22), o Ministério Público do Amazonas (MPAM) intensificou a investigação sobre o preço da passagem de ônibus em Manaus, atualmente R$ 5,00, valor que conta com subsídios da Prefeitura de David Almeida. O órgão enviou à Justiça uma série de questionamentos técnicos para a perita judicial nomeada no caso, buscando esclarecer se a tarifa reflete os custos reais do transporte coletivo.

O objetivo do MP é apurar o custo real de transportar cada passageiro, analisar a metodologia usada pela Prefeitura e pelas concessionárias, e verificar possíveis superfaturamentos, desequilíbrios nas contas do sistema e a legitimidade dos subsídios municipais.

A perícia determinada pela Justiça, dentro de uma ação do MP que contesta o reajuste da tarifa de R$ 4,50 para R$ 5,00, deverá levantar todas as receitas do sistema, detalhar os custos operacionais — incluindo combustível, manutenção, salários e tributos — e verificar a autenticidade e transparência dos dados contábeis fornecidos pela Prefeitura e pelas empresas. Além disso, será feita uma comparação entre o custo real por passageiro e o valor cobrado dos usuários.

A Prefeitura, sob a gestão de David Almeida, afirma que o custo total da passagem chega a R$ 9,00 e que o déficit do sistema atinge R$ 44 milhões mensais, cobertos por subsídios para evitar um aumento ainda maior. O MP, porém, questiona a metodologia usada pelo governo municipal e alerta que o reajuste penaliza a população sem apresentar melhorias concretas no serviço.

A análise técnica é considerada etapa crucial para que a Justiça decida se mantém ou anula o reajuste, além de verificar se o valor cobrado está compatível com a realidade operacional do transporte coletivo em Manaus, sob a responsabilidade da gestão de David Almeida.