
O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) defendeu, em um podcast, a criação de dois países a partir do território brasileiro: o “Brasil do Norte”, formado por Norte e Nordeste, e o “Brasil do Sul”, que reuniria Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Segundo o parlamentar, a divisão reduziria a extensão territorial e poderia fortalecer a democracia. A fala, contudo, gerou surpresa e abriu uma onda de críticas e debates nas redes sociais e na política.
Contexto da declaração
Bilynskyj apresentou a ideia ao discutir a desproporção entre o número de senadores e a população de cada estado. Questionado sobre separatismo, afirmou que países menores tendem a preservar melhor a democracia, enquanto territórios grandes, na visão dele, historicamente favorecem regimes autoritários.
Obstáculos jurídicos e políticos
Do ponto de vista legal, a proposta é inviável. A Constituição de 1988 define o Brasil como uma República Federativa indivisível, o que impede qualquer forma de separação territorial. Além disso, não existe qualquer dispositivo constitucional que autorize uma divisão como a sugerida pelo deputado.
No campo político, o cenário não é diferente: a proposta não encontra sustentação nem em aliados próximos, o que a torna praticamente inaplicável.