A filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, Melina Fachin, foi alvo de agressões verbais e de uma cusparada no campus da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Melina é professora e diretora do Setor de Ciências Jurídicas UFPR e foi chamada de “lixo comunista” por um homem no momento em que deixava a Faculdade de Direito da instituição.

Segundo o advogado Marcos Gonçalves, marido da profissional que denunciou a agressão, um homem se aproximou e cuspiu na filha de Fachin enquanto a xingava.

“Um homem branco, sem se identificar – como é a prática dos fascistas covardes – se aproximou e desferiu uma cusparada na professora, xingando-a de “lixo comunista”. Esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos os que se alinharam com o discurso de ódio propalado desde o esgoto do radicalismo de extrema-direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto”, escreveu Gonçalves nas redes sociais.
O companheiro relacionou o episódio a outro momento de tensão na universidade, na última terça-feira (9). Na ocasião, estudantes bloquearam o acesso ao prédio do Direito da UFPR, que receberia o evento “Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?”. O painel havia sido organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio ao julgamento da Corte sobre a trama golpista.
A universidade cancelou o encontro, mas o vereador Guilherme Kilter (Novo-PR) e o advogado bolsonarista Jeffrey Chiquini teriam tentado entrar no local.