
Uma grave denúncia envolve a rede de hospitais Hapvida/Rio Negro. Médicos relatam estar sendo pressionados a atender pacientes em menos de três minutos, sob risco de terem seus salários descontados. A situação tem gerado revolta entre os profissionais de saúde e preocupação entre os usuários, que já enfrentam uma série de dificuldades no atendimento.
Com um histórico de polêmicas, a Hapvida acumula um alto índice de reclamações. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a operadora registra um índice de 47,9% de queixas, principalmente relacionadas à demora no atendimento e na marcação de exames. A insatisfação dos pacientes e as denúncias dos médicos reforçam o apelido pejorativo que a empresa tem recebido: “Hapmorte”.
Contrato milionário com a Prefeitura de Manaus
Mesmo diante das inúmeras críticas ao serviço prestado pela Hapvida, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), trocou o plano dos servidores municipais, que antes eram atendidos pela Manausmed, para a operadora. O contrato com a Hapvida custa R$ 108 milhões por ano aos cofres públicos.
Enquanto médicos relatam pressões absurdas e pacientes enfrentam dificuldades para conseguir atendimento digno, a rede Hapvida segue no centro de escândalos e reclamações, colocando em xeque a qualidade da assistência oferecida.