
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), comemorou nesta terça-feira (11) a autorização do Ibama para a Petrobras realizar a limpeza de uma sonda, como parte dos preparativos para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, no estado do Amapá, a 550 quilômetros da Foz do Rio Amazonas. Alcolumbre destacou que essa autorização é um passo importante para que a empresa obtenha a licença ambiental necessária para avançar com a atividade de forma responsável e sustentável.
O Ibama explicou que a autorização para a limpeza da sonda é uma etapa rotineira no setor de petróleo, especialmente quando há previsão de movimentação de plataformas. Contudo, o órgão esclareceu que essa etapa não implica uma decisão final sobre a concessão da licença para perfuração no bloco FZA-M-59, localizado na bacia da Foz do Amazonas.
Alcolumbre, senador pelo Amapá, é um defensor da exploração de petróleo na região da Margem Equatorial, que pode gerar receita para os cofres públicos locais. No entanto, a autorização para a Petrobras continuar a pesquisa sobre a viabilidade econômica da atividade ainda está sendo analisada pelo Ibama.
Em maio de 2023, o Ibama havia recusado um pedido da Petrobras para explorar a área, citando falhas no Plano de Proteção à Fauna em caso de vazamento de óleo. A Petrobras recorreu, afirmando que atendeu a todas as exigências do órgão ambiental relacionadas à segurança da exploração e à proteção da fauna.
A exploração da região é alvo de críticas de ambientalistas devido à proximidade com a Floresta Amazônica e à Foz do Rio Amazonas, áreas ricas em biodiversidade. Além disso, há preocupações sobre os impactos dos combustíveis fósseis no aquecimento global e nas mudanças climáticas. Em fevereiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a autorização do Ibama para a pesquisa, garantindo que todos os cuidados necessários seriam tomados para proteger a natureza.
Tanto o governo federal quanto a Petrobras defendem que é possível realizar a exploração de forma responsável e que os recursos do petróleo podem financiar a transição energética. A estatal alerta ainda que, caso a exploração da Margem Equatorial não seja realizada, o Brasil poderá ser obrigado a importar petróleo a partir de 2034.